Escola ensina Computação de Alto Desempenho para jovens pesquisadores
Evento, organizado pelo AI2 em colaboração com o ICTP-Trieste e ICTP-SAIFR, abordou como utilizar Computação de Alto Desempenho de maneira eficiente em pesquisas científicas
O Advanced Institute for Artificial Intelligence (AI2), em colaboração com o International Centre for Theoretical Physics (ICTP-Trieste e ICTP-SAIFR), organizou a segunda edição da Escola Latino-Americana em Programação Paralela para Computação de Alto Desempenho. O evento, realizado no Núcleo de Computação Científica (NCC) da Unesp entre os dias 2 e 13 de dezembro, teve como principal objetivo ensinar as melhores e mais eficientes técnicas de Computação de Alto Desempenho (HPC) para jovens pesquisadores latino-americanos.
“Ao longo da primeira semana de curso, ministramos aulas sobre técnicas de paralelização de código. Já na segunda semana, os alunos trabalharam em exemplos práticos, desenvolvendo projetos com a orientação dos professores”, explicou Sílvio Stanzani, um dos organizadores da Escola e pesquisador do NCC/Unesp e do AI2.
O palestrante Axel Kohlmeyer, pesquisador da Temple University (Filadélfia, Estados Unidos), ressaltou que, por se tratar de uma Escola introdutória voltada para jovens pesquisadores que não necessariamente têm conhecimento prévio de HPC, as aulas foram focadas em como escolher as melhores estratégias e os mais eficientes algoritmos para cada tipo específico de problema. “Começamos com problemas simples e, de forma gradual, passamos para problemas mais complexos. Desta forma, os alunos cometiam erros e tinham a oportunidade de aprender com esses erros e evoluir”, comentou Kohlmeyer.
A primeira edição da Escola foi realizada em 2018 no México e a próxima está marcada para 2020 na Colômbia. A ideia, de acordo com o organizador Ivan Girotto (ICTP-Trieste), é que o evento seja organizado anualmente em países latino-americanos para ajudar a preencher a lacuna que existe nestes países entre a necessidade do uso da tecnologia e a disponibilidade de recursos computacionais. Além disso, há também o objetivo de treinar cientistas e profissionais para trabalhar em uma área que promete crescer ainda mais no futuro próximo.
“Acredito que nos próximos anos haverá uma grande demanda para o desenvolvimento de software para HPC, tanto na área acadêmica quanto no setor privado”, disse Girotto. “Entre nossos objetivos está também preparar jovens pesquisadores e estudantes para suprirem essa demanda da melhor forma possível”.